Depois dos “enta”

Depois dos “enta”

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Quando somos meninas com nossos 12, 13 anos, ficamos ansiosas pelos 15. Fazemos 15 e queremos logo fazer 18. Atingir a maioridade. Estamos plenas. Cheias de vigor. A pele? Essa, que provavelmente tiveram algumas ou muitas espinhas estão lindas, sedosas. Bom demais neh?

Assim que fazemos 18 os anos voam e logo logo nos vemos com 30. Aí pensamos: “Como passou rápido!” Somos chamadas de “mulher balzaquiana”, prontas para viver um amor em plenitude. E realmente nos sentimos maduras.
Para mim, foi mesmo a melhor fase da minha vida. Apesar de ter casado aos 23 e ter sido mãe aos 26, os 30 me trouxeram uma alegria diferente de viver. Talvez por ter sido criada em uma pequena cidade do interior e pela avó, eu era muito bobinha. Tinha vergonha até de falar com as pessoas. E depois de alguns anos numa cidade maior, trabalhando como professora, fui mudando…
Aos 30 eu era outra pessoa. Vivi bem, graças a Deus. E creio que a maioria das mulheres também curtem seus 30.

Aproximando dos “enta” (40), já vamos sentindo o “peso” da idade. A pele já começa a ficar menos viçosa, algumas manchinhas começam a aparecer… (Hoje, temos muitas opções de produtos para retardar o envelhecimento da pele – então podemos até pensar em desconsiderar esse envelhecimento), porém nem todo mundo tem acesso a esses produtos neh?
Em relação à mente, essa vai tá tinindo. Somos maduras! E gostamos do que vemos. Eu pelo menos gostava.
Infelizmente para mim a aproximação dos “enta” me trouxe uma braba depressão. Não foi pela idade. Não foi descoberto o motivo. Simplesmente ela veio. E durante 6 ou 7 anos fiz tratamento. O que acarretou excesso de peso. Excesso mesmo. Engordei mais de 25 kg. Os quais demorei anos para eliminar. Mas eliminei. Só não consegui eliminar a barriga. Hoje, se eu tivesse condições, faria uma lipo para eliminá-la, pois é a única coisa que me incomoda no meu corpo.
Ah! Mas e se fizer atividade física? Ela some! Será? Eu não tenho ânimo para isso. Chego do trabalho querendo descansar e não cansar.
Voltando ao assunto, os 40 trazem uma sensação de que precisamos nos cuidar mais. E creio que as mulheres se cuidam mesmo (tirando eu por causa da deprê). Eu não tinha vontade de nada naquela época.

E quando chega os 50?
Noossaa! Realmente tudo muda. O corpo já não é o mesmo. A pele também não…
Mas nossa cabeça está tinindo. Podemos fazer coisas que nunca imaginamos fazer. Somos capazes! E assim podemos cuidar da pele e do corpo. E viver plenamente.

Hoje eu tenho 56 anos. Os últimos 6 foram de bastante descoberta em relação a vida. A gente apanha, cai, mas levanta só com uns arranhões.
Eu amo ter a minha idade e tenho orgulho de dizê-la a quem pergunta.

Agora aguardar os 60 que daqui a pouquinho tá aí.
Falando em 60, esses dias assisti um filme que vale à pena toda mulher que entra nos “enta” assistir e fiz um post sobre ele. Dá uma passadinha lá: Do jeito que elas querem .

E você que já chegou aos “enta”, o que tá achando?

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